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AS DANÇAS DE RODA NA ALDEIA DE PESO-COVILHÃ, NAS DÉCADAS DE 40-50-60- DO SÉCULO PASSADO.
O Poeta José Batista Vaz Pereira
AS DANÇAS DE RODA NA ALDEIA DE PESO-COVILHÃ, NAS DÉCADAS DE 40-50-60- DO SÉCULO PASSADO... No largo do chafariz das duas bicas, e ainda no largo fronteiro à Padaria do Ti Basílio Pires, aonde existia um tanque de armazenamento da águas que sobravam do chafariz . - faziam-se ali os bailes de roda, desta dança, ou são o meio ou aos pares . - Quanto a meio homens e mulheres, indistintamente, formam dando-se as mãos uma grande cadeia circular. Acto continuo a formação desta cadeia, vai para o centro um par, o primeiro que mais lesto andou; e logo irrompe uma cantiga entoada por uma voz, a que outras e outras e todas as vozes dos presentes , por fim fazem coro. Ao mesmo tempo - obedecendo todos a um ritmo da cantiga - o par de volta no centro como a saltar, e a cadeia vai rodando, rodando sempre, em contínuo movimento. Finda a cantiga separa-se o par: o homem procura, dentro do circulo, outra mulher, e a mulher imita o seu primeiro par: ,E assim sucessivamente... Ficam assim dois pares no meio. Simultaneamente, sem que os dançadores, começam a moda retira-se o primeiro par, que vai entrar na cadeia, e vem para o centro, em seu lugar um novo par escolhido. Depois, volta-se ao principio: nova cantiga etc. A grande cadeia mãos entre mãos - a roda continuamente.. A substituição do par mais antigo, faz-se sempre que a cantiga termina. " Minha mãe tem lá uma renda/ uma renda de entremeio,/ Eu não sirvo aqui de amparo/ também quero ir ao meio. ( ... ) FIM
ALGUMAS DAS QUADRAS QUE SE CANTAVAM NOS BAILES DE RODA ...Minha mãe tem lá uma renda/ uma renda de tresmalho,/ Se não me levam ao meio/ vou retirar-me do baile. Dão as mãos uns aos outros/ que me quero ir embora,/ Quem querr água tirada/ compre uma besta para a nora. - Eu não sirvo de parede/ também quero ir bailar,/ Se me não levam ao meio/ salto para a rua a chorar. - Quem tem cabras vende leite/ quem tem porcos tem presuntos,/ Oh! moças levem-me ao meio/ por alma de vossos defuntos. - Eu também quero bailar/ já vou estando zangado,/ Se me não levam ao meio/ vou para a serra com o gado. - Oh! moças, levem-me ao meio/ nem que seja uma vez só,/ Oh! que desgraça a minha/ ninguém de mim já tem dó. - Semeei no meu quintal/ a semente dum repolho,/ Oh! moças, levem-me ao meio/ que me está luzindo o olho. - Oh! moças, levem-me ao meio/ quero bailar um poucochinho,/ Quando não, vou-me para casa/ a comer pão e toucinho. O tocador da viola/ merece uma boa ceia,/ mandá-lo para a Coutada,/ ou metê-lo na cadeia. O tocador da viola/ é feio mas toca bem,/ Senão casar pela prenda/ formosura não a tem. - Tinhas-me tanta amizade/ foste embora sem avisar,/ Abalaste para Lisboa / cá eu fiquei sem dançar! Siga a dança, siga a dança,/ no Peso ando sozinha,/ meu amor foi para a França. Que tristeza é a minha ( ... ) FIM
O Pintor do Peso
José dos Santos Baptista, nasceu a 14 de Outubro de 1949, em Macau (República Popular da China), de nacionalidade portuguesa. Aos 5 anos de idade foi viver para Castelo Branco e posteriormente para a terra aonde reside, na freguesia da naturalidade dos seus pais, no Peso, concelho da Covilhã.
Outras Pinturas
CURRICULUM ARTÍSTICO
José dos Santos Baptista, nasceu a 14 de Outubro de 1949, em Macau (República Popular da China), de nacionalidade portuguesa. Aos 5 anos de idade foi viver para Castelo Branco e posteriormente para a terra aonde reside, na freguesia da naturalidade dos seus pais, no Peso, concelho da Covilhã. Angola, onde cumpriu as suas obrigações militares, inspirou-o artisticamente, mas foi em França, concretamente em Paris, a observar artistas de diversas nacionalidades, que estudou e aprendeu, como autodidata, a arte que hoje dá a ver. Os seus trabalhos estão espalhados de norte a sul do país e no estrangeiro, nomeadamente em França, Alemanha, Suíça, Canadá e Angola, para além de estar representado em colecções nacionais de Autarquias, Instituições, Hotéis e Coletividades. Incentivado pela escritora Odette de Saint Maurice, nascida em Lisboa e falecida em Janeiro de 1993, pela poetisa Luísa d’Andrade Leite, natural de Angola, mas radicada há muitos anos em Portugal e por influências da pintora e escritora Marianela de Vasconcelos, natural de Sever do Vouga, falecida no verão de 2007, deu “asas” à sua vocação artística. Frequentou e trabalhou no atelier da Mestre-pintora fundanense Isabel Maia Marques, onde aperfeiçoou a sua técnica. Faz parte do Núcleo de Fundadores da Associação Cultural Sol XXI. Possui o curso de artes decorativas certificado pelo Ministério da Educação de Portugal. Vem mencionado no DIRECTÓRIO DE ARTE (Art Guide), versão bilingue.
Prémios
- 3º Classificado na 1ª Exposição de Pintura Rápida organizada pela Câmara Municipal da Covilhã em 1999. - Selecionado para expor no “I EVENTO DE ARTES PLÁSTICAS” que teve lugar no Centro Comercial Colombo em Lisboa em 2000. - 4º Classificado na 2ª Exposição de Pintura Rápida promovida pela Câmara Municipal da Covilhã em 2000. - 1º Classificado na pintura a óleo da “X MOSTRA DE ARTES PLÁSTICAS” levada a efeito pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em 2001. - Medalha de prata na pintura a óleo sobre tela no “SALON INTERNATIONAL 2004” da Academie Européenne des Arts-France realizado de 10 a 25 de Abril de 2004 no ESPACE SAINT MARTIN em PARIS onde estiveram representados 10 países, 170 artistas e 297 obras. - No dia 18 de Maio de 2005 apresentou aos alunos finalistas do Departamento de Letras da Universidade da Beira Interior - COVILHÃ a sua 1ª Mostra dos trabalhos realizados ao longo da sua carreira. - Selecionado para o 1º Festival Internacional de Arte “ARTE IN LOCO” realizado em Vila Nova de Gaia em 2007.
Exposições realizadas
Desde a sua 1ª exposição realizada em 04 de Setembro de 1994 e até Novembro de 2016 participou em 103 Exposições (58 individuais e 45 coletivas) realizadas em Espanha (Alicante), França (Paris e Nanterre), Região Autónoma dos Açores (Angra do Heroísmo) e Portugal Continental (Alcaide, Alcaria, Almancil, Almeida, Azambuja, Barco, Belmonte, Caria, Castelo Branco, Coimbra, Cortes do Meio, Covilhã, Dominguiso, Ericeira, Estói, Fundão, Leiria, Lisboa, Monsanto, Nelas, Nisa, Penalva do Castelo, Penamacor, Penhas da Saúde, Peso, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Sabugal, Salvaterra de Magos, São Jorge da Beira, Termas de Monfortinho, Tondela, Tortosendo, Vales do Rio, Vila Nova de Gaia, Vila de Rei e Viseu).